Alberto Teixeira de Sousa nasceu a 11 de maio de 1916, no Porto. Em Teixeira de Sousa destaca-se, sobretudo, a atividade política, ligada ao PCP, à clandestinidade e à luta antifascista, no tempo do Estado Novo. Além da militância no Partido Comunista, aderiu ao Movimento de Unidade Democrática, como membro da Comissão Concelhia de Rio Tinto, fez parte do Movimento Nacional Democrático e do MDP/CDE. Entre novembro de 1974 e fevereiro de 1976 foi Presidente da primeira Comissão Administrativa da Câmara de Gondomar.
O mandato de Alberto Teixeira de Sousa atravessou todo o Processo Revolucionário em Curso
(PREC), que se estendeu de março a novembro de 1975. Neste espaço de tempo, aconteceram as primeiras eleições livres após o Estado Novo (para a Assembleia Constituinte, em abril de 1975), viveu-se o Verão Quente de 1975 e sucedeu-se o 25 de novembro, no mesmo ano. Na Câmara, constituíram-se Comissões de Trabalhadores, a população ramificou-se em inúmeras Comissões de Moradores, que se reuniam, frequentemente, no Salão Nobre do Município. Tudo era discutido, tudo era votado. Nesta altura, os funcionários da Câmara conquistaram um aumento salarial de 16,61 por cento e o direito a não trabalhar ao Sábado.
O contexto político desses meses foi favorável à nomeação de Alberto Teixeira de Sousa. Vasco Gonçalves, um militar tido como próximo do PCP, presidia ao II Governo Provisório, numa liderança que resistiu a sucessivas quedas de poder e se prolongou até setembro de 1975, quando caiu o V Governo Provisório, pouco antes do 25 de novembro ter alterado o rumo político do país.
Já fora das altas temperaturas do Verão Quente, em janeiro de 1976, Teixeira de Sousa foi vítima de um atentado bombista, na sua casa. Em fevereiro, abandonou a Câmara, sem completar o mandato. No final desse ano, nas primeiras eleições autárquicas, foi eleito vereador da Câmara Municipal pelo PCP. Alberto Teixeira de Sousa faleceu a 1 de março de 1989, no Porto.