Joaquim Martins de Castro Rocha nasceu a 23 de junho de 1922 na freguesia de Covelo, concelho de Gondomar. Era filho único de Manuel de Castro Júnior e de Rosa Martins dos Santos Rocha, agricultores abastados, que após o seu nascimento se separaram. A sua infância não foi muito marcada por este acontecimento, pois apesar de viver na casa da mãe, em Covelo, contatava todas as semanas com o pai, que o visitava.
Na casa materna convivia com um tio, professor de Alemão, com a mãe e os “criados”. A casa paterna visitava sempre que queria, na Sarnada, Aguiar-de-Sousa, Paredes. A sua formação escolar iniciou-se na freguesia de Covelo e, com cerca de 10 anos de idade, foi estudar para a Escola de Regentes Agrícolas, em Coimbra, onde passou toda a adolescência e o início da vida adulta.
De regresso a Covelo, continuou sempre ligado à Agricultura: assegurou a manutenção agrícola da casa de sua mãe e desempenhou funções de peritagem no Ministério das Finanças. Em 1956, casou com Ernestina Julieta Brito, natural de Torre-de-Moncorvo, Trás-os-Montes. Desse casamento nasceram duas filhas, Rosa Beatriz e Maria Manuela, residentes Em Guimarães e Covelo, respetivamente.
Durante os anos seguintes, assumiu a presidência do Grémio de Lavoura, em Gondomar, sendo também vereador da Câmara Municipal e, mais tarde, vice-presidente. A morte trágica do então presidente, Dr. Lema Monteiro, em 1972, levou-o a assumir funções de Presidente da Câmara Municipal, cargo que desempenhou durante aproximadamente 3 anos.
Da expressão do seu carácter destaca-se a perseverança e honestidade. Homem extremamente culto, dedicava imenso tempo à leitura na sua biblioteca pessoal, em casa. Os seus interesses eram diversificados, sendo Direito e Política apenas algumas das áreas eleitas, a par da Literatura.
Homem dedicado à família, alegrava-o imenso brincar com os netos, que o faziam sorrir “de orelha a orelha”, descompondo a imagem séria e pensativa que normalmente demonstrava. Faleceu a 7 de junho de 1996, em França, onde se encontrava em visita a uma Feira Agrícola, vítima de enfarte do miocárdio. Aos que o conheceram deixou a imagem de um exemplo de homem a seguir, pela sua seriedade e cultura.