Esta fotografia, captada presumivelmente nos anos 50 do século passado, retrata o dispensário BCG ou dispensário antituberculoso, local onde se tratava e prevenia a tuberculose.
A difusão de dispensários e sanatórios na Europa ocorreu no final do século XIX, com Portugal acompanhando a tendência. O médico António Lencastre, colaborador da rainha Dona Amélia, teve um papel importante na criação de regras para a construção destes dispensários.
Na década de 1930, o Ministério do Interior iniciou uma reforma na saúde pública, criando uma rede de apoio à erradicação da tuberculose. Arquitetos como Vasco Regaleira e Carlos Chambers Ramos foram fundamentais na conceção de projetos-tipo para sanatórios, hospitais e dispensários. O modelo de dispensários, com origem em França e na Alemanha, centrava-se no diagnóstico, rastreio, tratamento e prevenção da tuberculose, incluindo campanhas de propaganda ativa. Em 1931, existiam apenas 7 dispensários em Portugal, número que aumentou para 63 em 1936. Estes estabelecimentos eram fundamentais para a luta contra a tuberculose, realizando exames, identificando focos de contágio, e oferecendo tratamento em regime de ambulatório à população.
Em Gondomar, este dispensário localizava-se na Rua Bento de Jesus Caraça, sendo atualmente o Centro de Diagnóstico Pneumológico.
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