Numa semana em que, à conta do apagão geral, tanto se falou na Central Termoelétrica da Tapada do Outeiro, trazemos uma fotografia da sua inauguração, que ocorreu em junho de 1959.
A central da Tapada do Outeiro situa-se na margem direita do rio Douro, na bacia hidrográfica da barragem de Crestuma-Lever, na freguesia de Medas, concelho de Gondomar, a cerca de 15 km da cidade do Porto.
O projeto do edifício é da autoria do arquiteto José Carlos Loureiro, sendo que a parte técnica das caldeiras é da responsabilidade do engenheiro Ilídio Mariz Simões. A vertente de betão armado tem a assinatura de Joaquim Sarmento e a estrutura metálica de Campos e Matos. Fazendo parte do património industrial de Gondomar, foi inicialmente construída para apoio térmico à rede de centrais hidroelétricas existente no final dos anos de 1950 , funcionando como compensador síncrono fora do período estival. Iniciada em 1955, a construção do primeiro grupo ficou terminada em meados de 1959, tendo o último grupo entrado ao serviço em 1967. Dispondo de três grupos geradores com a potência de 50 MW e queimando durante muitos anos carvão da bacia carbonífera do Douro – antracites das minas de S. Pedro da Cova e do Pejão – teve durante os últimos anos da sua existência de evoluir para a queima mista de carvão e fuelóleo devido ao esgotamento daquelas minas.
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