O papel-moeda surgiu na década de 1920, quando o escudo atravessava uma grave crise económica. A moeda desvalorizou consideravelmente, o que fez com que o metal de uma moeda fosse mais valioso do que o seu rosto. Com a população a necessitar de uma moeda de troca, para as transações diárias, o Governo autorizou a Casa da Moeda a emitir cédulas que se destinavam a substituir as moedas de cinco, 10 e 20 centavos.
A medida, no entanto, não se revelou suficiente e o Governo acabou por permitir a autorização da emissão desse papel por parte das Câmaras Municipais dentro da área dos respetivos concelhos. Mais tarde, com o agravar da situação, generalizou-se a emissão por parte de outras entidades, como Misericórdias e até estabelecimentos comerciais.
Em regra, estas moedas-papel continham um valor entre um e cinco centavos, por vezes até de maior valor e perduraram até cerca de 1926, tendo já o governo proibido a sua circulação em 1924, mas só após a revolução de 28 de maio de 1926 é que começaram a desaparecer definitivamente com a emissão em massa, de moeda de pequeno valor.